“Para ganhar um ano novo que mereça este nome, você, meu
caro, tem de merecê-lo”, Carlos Drummond de Andrade.
por Roney Moraes*
Muitas pessoas dizem no fim do ano que o próximo será
diferente. “Farei o que não fiz”. Ir à igreja, na academia regularmente, fazer
dieta, ler mais, ser mais generoso (a), comprar um carro, casa ou reformá-la
são alguns dos itens que aparecerem no primeiro parágrafo da lista fictícia.
Alguns ficam tristes olhando para trás relendo sua lista
imaginária do que não cumpriu. Mas, devemos levar em consideração que se não
foi realizado há sempre um bom motivo para isso. Se perguntar o porquê não fez
determinada coisa vai ajudar a encontrar razões afetivas para explicar o
"não-feito" ou adiamento de determinada ação.
Organizar metas a curto, médio e longo prazo é tradição.
Faz parte da “Festa da Virada”, apesar de que a euforia dura um dia. O primeiro
dia do ano. O resto, míseros 364, chega como um tsunami logo no dia seguinte.
Quero dizer aqui neste breve comentário que não há
necessidade de martírio pelo que não foi realizado. Há um longo caminho pela
frente e que o ano novo seja repleto de boas oportunidades para fazê-lo.
Deixo aqui as palavras de Drummond: “Para ganhar um ano
novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo de
novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de
você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre”.
*Psicanalista, jornalista e professor. Licenciado em Filosofia pela Facel. Bacharel em Teologia pela Faculdade Unida de Vitória. Especialista em Saúde Mental e Dependência Química pela Faev. Mestre em Filosofia da Religião pelo Inape. Doutor (Dr.h.c) em Teoria Psicanalítica pelo Inape. Presidente da Associação Psicanalítica do Estado do Espírito Santo (Apees). Membro da Associação Brasileira de Filosofia e Psicanálise (Abrafp) e da Academia Cachoeirense de Letras (ACL).
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